A marca Herman Miller foi fundada no Michigan, em 1923. Naquela época, a única atividade da empresa era a produção de móveis para residências.
Gilbert Rohde juntou-se à marca no início dos anos 30 e com ele, trouxe projetos modernistas. Nessa altura, a produção da empresa foi ampliada, também para o mobiliário de escritório.
Na década de 40, um novo designer juntou-se à marca: George Nelson. Este na altura era famoso pela sua atitude de “assumir riscos” em relação ao design.
Nelson era um defensor de “todas as coisas modernas” e, de acordo com D.J. Depree, o presidente da Herman Miller, na época, uma escolha óbvia para o cargo de diretor de design.
George Nelson trabalhou ao lado de grandes nomes como Ray e Charles Eames, Richard Schultz, Isamu Noguchi, Harry Bertoia e Donald Knorr para criar alguns dos projetos mais marcantes do século XX.
Dizer que a empresa foi um sucesso extraordinário neste momento seria uma sub declaração.
Em meados da década de 60, grande parte da produção de móveis domésticos foi abandonada, e a empresa concentrou-se quase completamente no mobiliário de escritório.
Este foi o momento em que o Action Office (agora conhecido como o cubículo do escritório) foi desenvolvido pela primeira vez, sob a supervisão de Bob Propst, Diretor de Pesquisa.
Com os anos 80 veio a reintrodução de muitos dos seus móveis domésticos mais famosos e, hoje em dia, isso representa cerca de quarenta por cento da sua produção (sendo os 60% restantes, é claro, móveis de escritório).
Desde o início dos anos 90, a Herman Miller introduziu o uso de materiais ecologicamente corretos nos seus métodos de produção. A produção do mobiliário de escritório usa uma percentagem muito elevada de materiais reciclados e reutilizados.
A tudo isto soma-se móveis com uma vida útil mais longa que a média e, no final da sua longa vida útil, cada peça pode ser desmontada com relativa facilidade e reciclada. Com base neste sentido prático a marca investiu num novo conceito para os espaços de trabalho, o conceito “Living Office”.
Que traduzido à letra significa escritório vivo. A marca em conjunto com os seus engenheiros, designers e visionários trabalhou para criar a essência deste novo projeto e conceito que é o “Living Office”.
Este conceito trata-se de uma renovação total no estilo de escritórios que estávamos acostumados. A equipa Herman Miller trabalhou no sentido de encontrar novas e diferentes formas de melhorar a integração e a colaboração, a produtividade dos colaboradores das empresas, coisa que através do modelo antigo de escritório isso não era possível.
Conceito “Living Office” – espaços de trabalho
Os escritórios nos dias de hoje são muito distintos daquilo que eram desde os anos 20 até à atualidade. O conceito “Living Office” está focado essencialmente na partilha, na colaboração, na interação espontânea e ainda na capacidade de trabalhar em equipa assim como individualmente, de uma forma eficiente, eficaz e produtiva.
O “Living Office” é um conceito que defende que um espaço deve ser onde as pessoas podem estar juntas a trabalhar e desempenhar tarefas diferentes, cada uma mantendo o seu próprio espaço. Sendo este um espaço criado para e a pensar nas pessoas, isto é, um espaço humanizado.
O conceito que da Herman Miller – “Living Office” carateriza-se pela suma importância da comunicação, nos espaços de trabalho atuais, bem como a importância da expressão e criatividade. Este conceito defende ainda que cada espaço deve ser criado de acordo com as necessidades das equipas e de cada empresa.
Em suma, o conceito de “Living Office” significa um espaço de trabalho que se foca em proporcionar, aos utilizadores do espaço, prazer, conforto e bem-estar. Sendo assim os utilizadores/ trabalhadores conseguem uma melhor experiência no local de trabalho, e assim melhora-se significativamente a produtividade.
Quando o trabalho não é um sacrifício, então os trabalhadores são mais eficientes, mais objetivos e produtivos ajudando as empresas a crescer.